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Lichia
Oriunda da Ásia há 1500 a.C, a lichia (Litchi chinensis Sonn.) só começou a ser cultivada e comercializada no Brasil em 1970. Após virar febre no verão, conquistando os brasileiros até na forma de sorvete, a lichia vem ganhando espaço nas dietas da moda não apenas pela boa aparência e sabor doce, mas também pelos benefícios à saúde que pode proporcionar.
Além de ser rica em vitamina C, a
fruta contém elevados teores de substâncias antioxidantes, por isso seu consumo
pode favorecer a prevenção de doenças cardiovasculares e neurológicas, tumores,
redução da resistência à insulina, além de possuir ação anti-inflamatória.
O efeito antioxidante é atribuído aos compostos fenólicos, às antocianinas e flavonoides, presentes em maior concentração na casca da fruta, de onde se originam os extratos concentrados de lichia utilizados em pesquisas farmacológicas. No Quadro 1, é apresentado o teor de nutrientes em 100g da fruta.
Na gastronomia e comércio, a lichia é
utilizada e ofertada na forma fresca, enlatada, congelada, desidratada, na
forma de sucos, vinhos, picles, compotas, sorvetes e iogurtes. Na tabela 1,
pode-se comparar o valor nutritivo de lichia em forma fresca, congelada e
desidratada. Em função da menor quantidade de água na lichia desidratada,
ocorre concentração dos nutrientes originalmente presentes na fruta.
Consequentemente, na lichia desidratada, os teores de matéria seca são mais
elevados que nas demais formas da fruta.
Embora existam estudos correlacionando o consumo de lichia e perda de gordura corporal em ratos, não há comprovação do mesmo efeito em humanos. Ainda assim, muitos fabricantes de suplementos e editoras de revistas populares se precipitam ao informar que comer lichia emagrece. Com isso, a venda de produtos destinados à estética corporal aumenta e os preços dos mesmos sobem em função do sucesso de venda, mas não do efeito fisiológico prometido.
Portanto, se você teve a ideia de incluir a lichia no seu cardápio, a atitude é saudável, pois a fruta é rica em vitamina C e pouco energética. Todavia, devemos ficar alertas com as propagandas de alimentos exóticos, muitas vezes pouco conhecidos pela ciência de alimentos, mas com promessas milagrosa sem capas de revistas, sempre acompanhadas das imagens de abdomens sarados!
Referências Bibliográficas:
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