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As bananas na alimentação humana
A banana (Musa spp) é a fruta de maior aceitação mundial e nacional. No mundo, a produção anual é de 70,6 milhões de toneladas, produzidas principalmente pela Índia, Brasil, China, Equador, Filipinas, Indonésia e México. No Brasil, segundo a Embrapa, produz-se 7,3 milhões de toneladas por ano, sendo as regiões sudeste e nordeste as maiores produtoras. Os brasileiros são os maiores consumidores mundiais de banana, principalmente as variedades prata e nanica. As variedades nacionais de banana são: Prata, Pacovan, Prata Anã, Maçã, Mysore, Terra, D’Angola, Nanica, Nanicão, Grande Naine, Ouro, Figo e Caru.
Com o advento do melhoramento genético, tem sido produzido um número maior de
variedades de banana mais fáceis de serem cultivadas. A partir desta fruta,
pode-se elaborar diferentes subprodutos, como purê, banana em calda, bananada,
banana passa, farinha, geleia, licor, vinho, vinagre, fruta cristalizada, suco
e até álcool etílico. A banana poderia ser mais barata aos brasileiros se não
fosse o alto grau de perda que ocorre desde a produção até o transporte.
Segundo a Embrapa, cerca de 40% do que é produzido é perdido até a chegada da fruta ao consumidor. Grande parte dessa perda
deve-se à forma inadequada de transporte da fruta.
A banana é um alimento nutritivo, rico em algumas vitaminas e minerais,
conforme mostrado na tabela abaixo. Em geral, as bananas são ricas em
carboidrato, fibra, potássio (contém teor equivalente a 8% da recomendação
diária de magnésio, 4700 mg), manganês (18-37% da recomendação), cobre (7-12%)
e vitamina C (5,2-19%). Mesmo sendo muito nutritiva, o consumo excessivo de
banana deve ser evitado para não causar ganho de peso corporal (alimento muito
energético).
Sobre os flavonóides, foram detectados na fruta 2,2 mg/100 g de polpa. No
Brasil, estima-se que a ingestão destes compostos seja de 60-106 mg diárias. Ou
seja, isto evidencia que a banana não deve ser a principal fornecedora destes
antioxidantes, já que a quantidade não é tão expressiva, e para a melhor
ingestão destes compostos, a alimentação deve ser variada e ser rica em outros
vegetais.
A banana é uma pseudobaga de polpa macia e casca consistente. Os pontos pretos
na fruta são resquícios dos óvulos não fecundados e as linhas brancas são
resquícios dos vasos condutores de seiva. A fruta não apresenta semente porque
a seleção genética feita pelo homem a eliminou, assim como também existe
melancia sem semente. Quando cortada ou descascada, a banana inicia o processo
de escurecimento, devido às enzimas polifenoisoxidases e peroxidases que, em
contato com o oxigênio do ar, formam compostos escuros que causam seu
escurecimento. Entretanto, até o momento, nada foi associado ao consumo destes
compostos e doenças.
Em função de esta fruta apresentar baixo a médio índice glicêmico (dependendo da banana), a ingestão da mesma antes e pós-exercício físico pode ser boa estratégia nutricional para fornecimento de energia e recuperação muscular. Para melhor adequação da dieta, procure auxílio de nutricionista.
Nas bananas há também a presença de compostos bioativos, como aminas biogênicas, polifenóis, fitoesteróis e carotenóides. No que tange aos polifenólicos, na polpa e na casca existem o ácido gálico, catequina, antocianinas, epigalocatequina, galocatequina, epicatequinas e taninos, na quantidade total de 7-45 mg/100 g da polpa. A ingestão destes compostos tem associação com prevenção de doenças, como as inflamatórias, cardiovasculares, câncer e diabetes.
A banana também é fonte de carotenóides. Os carotenos identificados foram: luteína, β-caroteno, α-caroteno, violaxantina, auroxantina, neoxantina, isoluteina, beta-criptoxantina e alfa-criptoxantina, totalizando 93 à 636 mcg de carotenóides em 100 g da polpa fresca. No Brasil, identificou-se nas cultivares teor 319,6 mcg de carotenóides, prevalecendo a luteína (150 mcg em média).
Uma boa sugestão para desjejum é banana da terra cozida no micro-ondas. Faça assim: lave a banana, apare suas pontas e a corte no meio. Faça um corte ao longo da casca e profundo até o meio da banana. Deixe no micro-ondas por, aproximadamente, dois minutos, dependendo do grau de maturação. Retire a casca, abra a banana, acrescente manteiga, mel e canela. Aí está uma maravilha de desjejum.
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