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Leguminosas
Fabaceae (ou Leguminosae nom.cons.) é uma família que inclui árvores, arbustos e herbáceas perenes ou anuais.
Estas plantas possuem, dentre outras características, o fruto em forma de vagem, como feijões, lentilhas, ervilha, grão-de-bico,
soja, amendoim, guandu e tremoço.
Em geral, as leguminosas são ricas em
proteínas, carboidrato, fibra, magnésio, ferro, manganês, fósforo, potássio,
cobre, zinco, vitamina B6 (piridoxina) e B3 (niacina), além de conterem baixo
teor de lipídio (exceto o amendoim e soja).
As leguminosas não devem ser consumidas cruas, pois possuem um fator antinutricional que prejudica a absorção de proteínas. Este fator antinutricional se complexa com a tripsina, uma enzima chave na digestão de proteínas, tornando a tripsina sem atividade e, como consequência, causando no ser humano ou animal desnutrição ou até mesmo a morte. Com o cozimento, há inativação do fator antinutricional.
As sementes e, dentre elas, as
leguminosas dependem apenas da água para germinarem, pois contém todos os
nutrientes necessários para seu metabolismo inicial: possuem todas as
vitaminas, minerais, aminoácidos, nutrientes energéticos e outros
compostos. À medida em que absorvem
água, começam a ter um metabolismo mais intenso para formarem as primeiras
raízes, caules e folhas. Por isso são tão nutritivas! Com o cozimento ocorre
diluição dos nutrientes em, aproximadamente, três vezes. Mas, ainda assim, as
leguminosas continuam sendo alimentos muito nutritivos. Na Tabela 1 é
mostrado o valor energético e os teores de água, proteínas, lipídios,
carboidratos, fibras, cálcio, ferro e potássio em algumas leguminosas.
Recomenda-se o consumo diário de pelo menos 1 porção de leguminosas (por exemplo, 145 gramas de feijão), garantindo, no mínimo, 5% (100 Kcal) do total de energia de uma dieta com 2000 kcal.
O feijão cozido, por exemplo, pode
conter ferro em quantidade similar à da carne, entre 1 e até 3 ou mais mg de
ferro/100g, dependendo do teor de ferro na água utilizada em sua cocção e do
tipo de panela em que foi cozido. Entretanto, este tipo de ferro, assim como o
encontrado nos demais alimentos de origem vegetal, não é bem
Embora as leguminosas sejam ricas em
proteínas, estas (exceto as da soja) não são de boa qualidade como as do leite,
carnes e ovos. Entretanto, quando as leguminosas são consumidas junto com
cereais, eles juntos fornecem proteínas de boa qualidade, pois os aminoácidos que
estão deficientes nas proteínas das leguminosas (os sulfurados, metionina e
cisteína) são encontrados em maior quantidade nas proteínas dos cereais, que
por sua vez são complementados com o aminoácido lisina, presente em maior
quantidade nas leguminosas. Por isso a dobradinha arroz e feijão é muito
nutritiva. A proporção de três partes de arroz para uma de feijão resulta em
uma proteína com balanceamento ideal entre as quantidades dos aminoácidos
essenciais.
Referências Bibliográficas:
BRASIL. ANVISA - AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução da
Diretoria Colegiada – RDC nº 340, de 13 de dezembro de 2002 – Estabelece a
obrigatoriedade de declarar na rotulagem, na lista de ingredientes de alimentos
que contenham o corante tartrazina, o nome do corante por extenso. Diário
Oficial da União, Brasília, DF, 18 de dezembro de 2002.
BRASIL. ANVISA - AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 360, de 23 de dezembro de 2003 – Estabelece o Regulamento Técnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 26 de dezembro de 2003.
BRASIL. ANVISA - AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 359, de 23 de dezembro de 2003 – Estabelece o Regulamento Técnico de Porções de Alimentos Embalados para Fins de Rotulagem Nutricional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 26 de dezembro de 2003.
FABACEAE.
In: WIKIPÉDIA: a enciclopédia livre. Wikimedia,
disponível em :
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Fabaceae>
FENNEMA, O. R. ; PARKIN, K. L. ; DAMODARAN, S. Química de alimentos de Fennema, 4ª edição, ARTMED, 2010, 900p.
NEPA
– UNICAMP. Tabela brasileira de composição de alimentos. 2. ed. Campinas:
NEPA- UNICAMP, 2011. 161 p.
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