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Nutrição e câncer

Karla Silva Ferreira e Luiz Fernando Miranda



 

Muitos acreditam que o consumo de carne vermelha, de vegetais com agrotóxicos e de outros alimentos com potencial cancerígeno seria o suficiente para explicar o elevado índice de câncer no mundo.  Mas não é o que afirma a Organização Mundial da Saúde ao explicar que o câncer é causado por fatores múltiplos, que podem estar associados ao envelhecimento, mutações genéticas, tabagismo, inatividade física, infecções, carcinógenos que não estão em alimentos (poluição, radiação etc), dieta e alcoolismo. Portanto, o câncer é resultado de um somatório de fatores dinâmicos que todos nós vivenciamos.


Embora não existam estudos comprovando que alimentos curem o câncer, eles não deixam dúvida de que alimentos ricos principalmente em carotenoides, antocianinas, flavonoides, polifenóis, selênio, vitamina E, C, A e D, se consumidos sem excesso e regularmente são eficientes na prevenção de tumores malignos (figura ).



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Entretanto, ainda que existam compostos saudáveis em alguns alimentos, às vezes ocorre justamente o contrário. Há estudos epidemiológicos que relacionam o consumo de determinados alimentos ao surgimento de alguns tipos de câncer, como é o caso dos embutidos.  Alimentos como bacon, presunto, linguiça e vegetais contaminados com agrotóxicos, ricos em compostos nitrosos, contribuem para a formação de nitrosaminas, que apresentam potencial carcinogênico.



A formação desta substância é aumentada quando se aquece alimentos curados (exemplo: presunto, bacon e salsicha). O consumo de carne em excesso não é saudável. Além disso, nas carnes queimadas, conforme é comum ocorrer em churrasco, também há formação de substâncias carcinogênicas.      Este é um exemplo, entre muitos, de que a nutrição, quando trabalhada de forma adequada, pode minimizar os efeitos danosos da má alimentação, evitando radicalismos e dietas insustentáveis.


Vitamina E (sementes oleaginosas, óleos vegetais e fígado),

Vitamina A (fígado, vegetais amarelos e verdes),

Vitamina C (frutas em geral),

Vitamina D (leite e derivados, peixes e fígado),

Selênio (castanhas, peixes, carnes, laticínios),

Polifenóis (azeite, chá verde, frutas em geral),

Flavonoides (soja),

Carotenoides (cenoura, manga, amora, tomate e derivados),

Antocianinas (amora, açaí, repolho roxo, ameixa, jabuticaba, uva e outros alimentos de cor roxa).





Referências Bibliográficas:

 


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